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Foto do escritorAndréia Lopes

O romantismo português se estabeleceu a partir da obra de Almeida Garrett, Camões, em 1825, que impulsionou o surgimento outras manifestações artísticas. Entre os grandes nomes lusitanos dessa vertente literária temos Camilo Castelo Branco e Alexandre Herculano. Que tal conhecer um pouco mais desses autores para descobrir se se identifica com algum deles?



A relação de Almeida Garrett com o Brasil é curiosa. Conforme explica França (2018), em seus textos Garrett inicialmente explora a exaltação à natureza, sempre cultuando a fauna e a flora nacional. Isto é, além de manifestar uma visão sobre o Brasil de lugar para possível abrigo aos portugueses, também retrata "[...] o colonialismo, a cobiça portuguesa pelo ouro e os males sociais vindos dessas práticas que fazem o Brasil aparecer como vítima" (França, 2018, p. 962), a partir disso começa a desenvolver obras relacionadas ao ideal de liberdade da ex-colônia.



Já o oitocentista Camilo Castelo Branco expressa em "Amor de Perdição" muito sentimentalismo, além disso, outro aspecto marcante que deixa muito evidente é a ironia, que sempre está presente no texto, bem como sua preocupação com a estilística. Sua busca pela criação de personagens que sigam o modelo de masculinidade se concretiza com Simão, o protagonista da história. A narrativa está envolvida por uma busca pela defesa da honra masculina, como explicita Samyn (2015).



Por último, Alexandre Herculano se dedicou ao romance histórico e buscou a aproximação de suas obras à criação de uma identidade nacional brasileira. O autor estabelece relações entre personagens históricos portugueses e brasileiros com o intuito de recriar eventos históricos a partir de elementos ficcionais, como explica Tasca (2014, p. 219) pormenorizadamente, Herculano "[...] a partir de uma leitura paralela que parte dos propósitos de se narrar um evento histórico fazendo uso de recursos ficcionais para recriar as cenas e as personagens das Histórias portuguesa e brasileira". Outro destaque do escritor é que ele define o romance histórico a partir do recorte temporal, contribuindo para esta conceituação.



Agora que você já sabe um pouquinho mais sobre os autores, qual você acha que mais combina com você? Faça o teste abaixo e descubra!




Referências


FRANÇA, E. M. A recepção de Garrett: o Brasil e a literatura brasileira sob o olhar de um classicista romantizado. Remate de Males, Campinas, SP, v. 38, n. 2, p. 960–989, 2018. DOI: 10.20396/remate.v38i2.8652263. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/remate/article/view/8652263. Acesso em: 9 out. 2021.


SAMYN, Henrique Marques. Simão, Félix e as perdições do amor. Machado de Assis em Linha [online]. v. 8, n. 15, pp. 26-38, 2015. Disponível em: <https://doi.org/10.1590/1983-682120158153>. Epub Jun 2015. ISSN 1983-6821. https://doi.org/10.1590/1983-682120158153. Acesso em: 9 out. 2021.

TASCA, Michelle Fernanda. História e imaginação histórica: a “Crônica do descobrimento do Brasil” de Varnhagen e as narrativas de Alexandre Herculano: Dossiê História e Literatura no século XIX. v. 3 n. 1, 2014. Disponível em: https://periodicos.franca.unesp.br/index.php/historiaecultura/article/view/1195. Acesso em: 9 out. 2021.


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Sabemos que dar aulas de literatura é bastante desafiador, o professor precisa reinventar as abordagens didáticas usadas em sala bem como suas técnicas. Entretanto, devemos alertar que não existe uma fórmula mágica para ministrar a aula perfeita.



A aula nada mais é do que o resultado da mistura de técnicas, adaptações, metodologias e abordagens de um professor para adequar o conteúdo didático ao grupo específico de estudantes. Logo, o que propomos, então, é uma sugestão para diversificar uma aula típica de literatura, tendo por objeto o conteúdo "Romantismo em Portugal".



1. BINGO

A primeira ideia é o bingo, pois é um jogo que abrange a todas as idades. O professor deverá primeiro distribuir as cartelas para cada aluno. Elas poderão conter as características principais do período ou o nome dos autores mais famosos ou ainda suas obras. Pode ser uma forma bastante divertida para revisar os conteúdos já tratados em sala anteriormente. Criamos uma ficha pra você, que pode ser baixada aqui abaixo!

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2. ANTÔNIMO

Essa proposta foi pensada para que os estudantes consolidem aspectos introdutórios da disciplina como as principais características das obras ou do contexto histórico, por exemplo, se tiver relação com a história pré romântica, os alunos deverão receber fichas com palavras e suas antônimas e organizá-las de acordo com a ordem histórica dos fatos. Outra opção é entregar as fichas com as palavras antônimas aos alunos e pedir que eles escrevam o oposto do que aconteceu naquele período usando as palavras. Nesse caso, os alunos exercitarão não só a sua memória sobre o que realmente aconteceu na ascensão do romantismo, mas também dominarão o conteúdo e usarão sua criatividade para criar uma história oposta.




3. PALAVRA AUSENTE

A última sugestão pode ser desenvolvida entre os alunos, os quais se dividirão em grupos e deverão criar cartazes a partir de textos escolhidos pela professora. Eles deverão selecionar frases ou fragmentos das obras românticas e reescrevê-las em um cartaz com palavras ausentes. Em seguida, o/a docente deverá recolher o texto entregue e os grupos poderão trocar os cartazes entre si, o jogo termina quando o primeiro grupo adivinhe todas as palavras ausentes.

Você também pode criar sua própria brincadeira usando o site WordWall (clique aqui) que é uma ferramenta gratuita que possibilita a criação dessa e de outros jogos no formato online. Uma ótima opção para aulas não presenciais, não é mesmo?

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O que achou das brincadeiras? Conte pra gente ;)

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A literatura é comumente criticada pelos alunos do ensino médio e fundamental, pois é taxada como "chata", "entediante" e "enfadonho". Essa reputação persegue até mesmo os alunos que gostam de ler. Pois, embora gostem de praticar leitura, muitos ainda não gostam de estudar literatura. Isso porque as aulas de literatura são pouco dinâmicas o que reforça o preconceito dos alunos em relação à matéria.



Outros só começam a se interessar de fato quando percebem a relevância da matéria e seu respectivo peso na nota do vestibular. Pensando nessa dificuldade encontrada por muitos alunos, selecionamos três aulas dinâmicas que versam sobre o romantismo em Portugal para divulgá-las em nosso blog.

O professor Nolsen expõe as principais características do movimento literário de forma divertida. Entre as quais estão: o byronismo, o subjetivismo, o sentimentalismo, o nacionalismo, entre outros aspectos. O diferencial desta aula é que o professor explica as características de modo bastante acessível, assim, o aluno que antes buscava simplesmente memorizar uma lista de aspectos que estão presentes nas obras, passa a compreendê-las com bastante facilidade.


A seguir, no vídeo a professora Talita Galvão, ela explora o contexto histórico e político, mas também as características de escrita dos autores românticos. Ainda, aborda as fases do romantismo, bem como os principais autores e suas obras de modo aprofundado mas ainda assim bastante simples. Não usa termos difíceis que inviabilizem a compreensão e transmite muita seriedade e autoridade sobre o tema.



Por último, selecionamos o vídeo de Carolaine Marinho, estudante de Letras/PT pela UFPB, no qual ela delimita as gerações românticas e especifica cada fase do movimento. Seu diferencial é a citação de trechos das obras principais, além de sempre incentivar sua leitura aos espectadores. Ao colocar os fragmentos, a estudante deixa sempre um "gostinho de quero mais" das expressões artísticas que cita. Temos certeza que muitos inscritos leem pela curiosidade que ela deixa no ar (hahaha ;)).




E aí, conhece algum desses professores? Conta pra gente ;)

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